<$BlogRSDUrl$>

sábado, novembro 29, 2003

Sebastião Uchôa Leite
(versão 250a - série “artes”)

Insônia Respiratória
Antes nunca
Ouvira o invisível poema
Do respirar: não
Ouvira nada
Só o silêncio dos órgãos
Mas o segredo da vida
Era isso
Quando ninguém
Se lembra do corpo
Que de fato
É feito da mesma matéria
Do sono

Comentários:

quinta-feira, novembro 27, 2003

Sainkho Namtchylak
(versão 239a - série “artes”)
Já alguma vez se sentiram transportados para um vórtice de emoções em que os sons são palavras que sabemos não existir?


Comentários:

quinta-feira, novembro 20, 2003

Jornal de exposição
(versão 199b - série “artes”)
E não o podendo fazer (morreu, o pobre em vida e rica a descendência em mais um museu aberto ao público) porque fazê-lo eu? Ao artista não lhe resta mais nada do que perpetuar-se? Foi dele a ideia de se mostrar em catálogos de pouco mais que uma dezena de centímetros onde cabem todos os metros que pintou? Porque há vidas assim, que se lêem (algumas até com índices de nomes impronunciáveis).

Comentários:

terça-feira, novembro 18, 2003

Mario Merz
(versão 223a - série “artes”)
Está menos pobre, a arte [e o Fibonacci também].
E' morto Mario Merz, il più grande artista italiano

Comentários:

sábado, novembro 15, 2003

Orlan
(versão 218a - série “artes”)
Questionamentos sobre a arte do corpo. Depois de Witkin, porque não deve haver depois de Nebreda (porque não trazê-lo às Caldeiras ou ao Centro de Artes Visuais de Coimbra, às Furnas da Alfândega no Porto, a Braga – Tibães, por exemplo...), sirvo-vos outra esteta do (com o seu próprio) corpo.
Questionem-se em

Comentários:

quarta-feira, novembro 12, 2003

Nebreda, David
(versão 215a - série “artes”)
Com tudo o mais e o corpo também, do seu próprio corpo. Que se lamenta enquanto me fita. E perante tamanha beleza resta-me a contemplação do seu horror: "Mi propia realidad es peor que las fotos".

Comentários:
J-P Witkin
(versão 209b - série “artes”)
Aos
pares.

Comentários:

segunda-feira, novembro 10, 2003

J-P Witkin
(versão 207a - série “artes”)
Descobri-o em Coimbra, pela primeira vez, nas Caldeiras.
E a Leda nunca mais me abandonou. Descubra-a também aqui

Comentários:

sábado, novembro 08, 2003

Jornal de exposição
(versão 198a - série “artes”)
Adorava exposições... daquelas de arte. Sempre que tinha uma oportunidade lá me embarrigava com mais uns quadros, umas esculturas, umas fotografias, umas instalações pensadas exactamente para ali, ali onde me encontro agora sentado a ver tudo aquilo que encontro no jornal desta exposição.
E assim digiro as obras sem ter o trabalho de as procurar, olho-as sem que elas me vejam... quem as criou que as mire!

Comentários:

domingo, novembro 02, 2003

O penico do maestro
(versão 187a - série “artes”)
Bem sentado no seu penico esbracejava enquanto fitava o amontoado de instrumentos defronte. Destes, como por magia, soltavam-se gemidos em resposta às deambulações braçais do homem acocorado e de calças em baixo.
Bem sentado, o maestro, contorcia-se em esgares que o seu penico acalentava e os músicos comungavam... daquele delírio em volta da réstia esperança depositada em pautas servis... e assim amordaçados inebriavam-se com os odores provenientes do homem que os comandava.


Comentários:

This page is powered by Blogger. Isn't yours?