quarta-feira, setembro 29, 2004
40 anos de Mafalda - os seus amigos: Filipe
(versão 995d - série "artes")

Filipe é um menino fantasioso, muito generoso (dá-se bem com todos os do grupo), inocente, eternamente enamorado por uma vizinha muito bonita (Muriel), tímido, relutante em fazer os trabalhos de casa e em ir para a escola. É uma criança angustiada que passa a maior parte do tempo a construir mundos de fantasia que crê, por vezes, serem reais: incarna então a figura do Cavaleiro Solitário (é um apaixonado de BD).
Apesar de ser mau estudante - sempre a imaginar como será demolida a escola - e indolente, é o companheiro ideal da Mafalda, porque ambos se complementam.
A frase que o caracteriza, entre outras, mas de que mais gosto:
"Até as minhas debilidades são mais fortes que eu."

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domingo, setembro 26, 2004
40 anos de Mafalda - ela e o irmão
(versão 993c - série "artes")

Tem uma mascote, a tartaruga Burocracia.


O passatempo preferido de Gui é o de rabiscar as paredes de casa bem como o de fazer palhaçadas para chamar a atenção.
É um dos meus personagens preferidos: Algumas das suas tira(da)s são antológicas. Por exemplo: Durante uma partida de xadrez entre a Mafalda e o Filipe, Gui pergunta: "Os dois podem ganhá neste xogo de xadrez?"
- "Não, só um" respondem os dois jogadores.
E o Gui remata com "E puqué que o outo xoga?"

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sábado, setembro 25, 2004
40 anos de Mafalda - o pai e a mãe
(versão 989b - série "artes")

Ambos são passivos e quase uns trintões fracassados; a filha acossa-os constantemente com perguntas que os derrota completamente. Há momentos em que nos parecem inocentes, quase infantis. As únicas debilidades que partilham: os filhos e o Nervocalm (é um calmante)
A mãe (Raquel) é uma dona de casa que não acabou o curso porque se casou. Vive um bocado arrependida por ter optado por ser uma escrava do lar tanto mais que a Mafalda a atormenta constantemente, recriminando-a pelo destino que escolheu. Não tem grandes ilusões e padece dum dilema diário: o que fazer para comer.
O pai (não se lhe conhece o nome próprio) trabalha numa companhia de seguros. Para além da falta crónica de dinheiro que o obriga a repetidos cálculos para chegar ao fim do mês, tem outra obsessão: o amor às plantas e o ódio às formigas.
A sua outra grande preocupação é a de cuidar zelosamente o seu Citroën 2 CV.

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quarta-feira, setembro 22, 2004
40 anos de Mafalda
(versão 981a - série "artes")
O seu criador, Joaquin Salvador Lavado Tejón, nasceu em Mendoza na Argentina no dia 17 de Julho de 1932 (nos registos oficiais aparece como tendo nascido a 17 de Agosto). Para o distinguirem do seu tio Joaquín Tejón, pintor e desenhador publicitário, tratam-no por Quino.
Aos 18 anos, depois de ter frequentado a Academia de Belas Artes da sua cidade natal, parte para Buenos Aires em busca de trabalho como desenhador. Frustrada essa primeira tentativa (não conseguiu vender nenhum dos seus desenhos), regressa a casa, onde ajuda o seu tio a fazer cartazes publicitários. Em 1954, com 22 anos, e depois de cumprido o serviço militar que tanto o havia atormentado, volta à capital. E chega "El día que publicaron mi primera página pasé el momento más feliz de mi vida". Foi no semanário Esto es, de Buenos Aires, que publicou a sua primeria página de humor gráfico (sem texto).

Despois de 10 anos a publicar cartoons, o que continua ainda a fazer ininterruptamente, aparece pela primera vez a Mafalda em Gregorio, suplemento de humor da revista Leoplán. São publicadas 3 tiras.
A Mafalda, nascida originalmente em 1963, é a resposta a uma encomenda duma agência publicitária que queria uma tira com uma família típica da classe média - o nome de uma das personagens teria que começar pela letra M, alusão a uma marca de electrodomésticos (Mansfield) -, sai da gaveta no dia 29 de Setembro de 1964, quando o semanário Primera Plana pede a Quino uma colaboração regular satírica com texto.
A nova Mafalda conquistará o mundo e a sua universalidade ultrapassa em muito a sua curta existência: em 25 de Junho de 1973, a Mafalda e os seus amigos, despedem-se dos leitores do jornal Siete Días (onde desde 1968 eram publicadas as tiras da Mafalda).
Eternizou-se, assim!
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domingo, setembro 19, 2004
Enki Bilal - Frio Equador
(versão 977d - série "artes")
Frio Equador (1992) é o 3.º e último volume da Trilogia Nikopol.



Algures no coração de África (Equador City em 2034) o culminar do (des)encontro amoroso com os deuses egípcios de permeio…
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sábado, setembro 18, 2004
Enki Bilal - A Mulher Armadilha
(versão 972c - série "artes")

Uma longa história de amor
com a mitologia egípcia como pano de fundo: sonho ou realidade?
Alcide Nikopol, Jill Bioskop, John, Horus...
Paris, 2025


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quarta-feira, setembro 15, 2004
Enki Bilal - A Feira dos Imortais
(versão 963b - série "artes")



"A imortalidade é uma
forma de ditadura da
vida sobre a morte - sendo
dtador, e vivo,
só me resta tornar-me imortal!
E sê-lo-ei! Nem que
para isso deva morrer!"
J.F. Choublanc "Ecrits divers" Paris 2023
forma de ditadura da
vida sobre a morte - sendo
dtador, e vivo,
só me resta tornar-me imortal!
E sê-lo-ei! Nem que
para isso deva morrer!"
J.F. Choublanc "Ecrits divers" Paris 2023
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terça-feira, setembro 14, 2004
domingo, setembro 12, 2004
quinta-feira, setembro 09, 2004
Roy Lichtenstein
(versão 948a - série "artes")

Vivenciou vários estilos da arte como o abstracionismo, expressionismo e cubismo. Mas foi na Pop Art que se revelou pela sua originalidade, poder analítico e irónico do estilo convencional, nomeadamente, a partir de grandes telas onde, ao ampliar as imagens de banda desenhada e de anúncios comerciais, revela os pontos de cor inerentes à reprodução/trama tipográfica. O uso de cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.

O artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Os seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é uma combinação de arte comercial e abstração.
Hopeless (1967)

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domingo, setembro 05, 2004
Jorge Oteiza
(versão 943a - série "artes")

(Guipúzcoa, 1908 - San Sebastián, 2003)

Controverso, prolífico e multifacetado, Oteiza doou os seus trabalhos à região de Navarra, onde em 1996 foi criada a Fundação Jorge Oteiza em Alzuza, cidade na qual está exposta praticamente toda sua obra.
A polémica inimizade que manteve com Chillida - a quem dedicou em 1992 El libro de los plagios - durou 40 anos até que em 1997 um abraço os reconciliou...
No fim desse mesmo ano uma das esculturas de Oteiza, Construcción vacía, era instalada em San Sebastián junto do Peine de los Vientos de Chillida.
Retrato de Itziar (Fundição em alumínio - 1953)
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sexta-feira, setembro 03, 2004
O acordeonista de centro-esquerda com tendência para a extrema-direita
(versão 934a - série "artes")

(Lembrar-se-ão, por certo, do nosso mui ilustre pianista da extrema direita? Afinidades? Só a alvura do teclado bafejado pela negritude de outras teclas ainda).
Valha-nos que das suas prelecções sobeja somente o seu arfar. As suas interpretações - do seu próprio reportório - calam-no e a duração das mesmas nada devem às tertúlias parlamentares em que não participava. Primava sempre pela ausência? Não! Abstinha-se de inspirar por não ter que abraçar. Estando agora vitaliciamente apto, brindar-nos-á com algumas das suas virtuosas interpretações…
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quarta-feira, setembro 01, 2004
Eduardo Chillida
(versão 928a - série "artes")

(San Sebastián, 1924-2002)

Chillida começou por utilizar o ferro e a madeira, tendo posteriormente introduzido outros materiais como o betão, o aço, a pedra e o alabastro. A partir de 1970 a sua obra passa a ser inspirada na natureza e desde a década de 1980 que se especializou na instalação de peças de grandes dimensões em espaços urbanos ou em imensos espaços naturais abertos. O Museu Chillida-Leku (Hernani - Guipuzcoa) inaugurado em 2000 é um verdadeiro jardim de esculturas ao ar livre.
Peines del viento (conjunto de 3 peças - 1977)
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